Por: Luana Santi
O documentário “Alzheimer de volta do começo” foi produzido em 2013 por alunos da graduação de comunicação social que estavam se formando. Inicialmente, preocupa-se em definir o alzheimer segundo a concepção médica, a qual trata-se de “afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda da memória e diversos distúrbios cognitivos” (Smith, 1999, s/n).
Estudos indicam que a população idosa está mais propensa a síndromes demenciais e que por este motivo, mais vulnerável a Doença de Alzheimer (Cruz, 2015).
Ao decorrer das filmagens, os autores retratam a história de algumas pacientes portadoras de alzheimer, em diferentes estágios da doença. No estágio leve estava a paciente Dilma (72 anos). O médico entrevistado postula que neste nível da doença há um visível impacto sobre memória, embora a realização de AVDs permaneça conservada.
Entretanto, há situações cujo paciente está mais comprometido e por esse motivo tende a apresentar comportamentos de agressividade e alteração de humor, questão da paciente Dara, 86 anos. A filha da paciente relata que a mesma sequer sabe de sua patologia, pois a esqueceu, “parece que ela criou uma barreira”. Entretanto, essa mesma filha relata que ao decorrer do tempo, com a realização de atividades artesanais e maiores estímulos cognitivos, a paciente passou a se mostrar mais lúcida, ela sabe que a doença não regride, entretanto ousa dizer que a de sua mãe parece ter regredido.
O alzheimer não possui explicação etiológica, tampouco cura. A intervenção farmacológica atua no sentido de não permitir a progressão da doença. Além disso, a doença em si não leva o paciente a óbito, mas sim as complicações associadas. Concomitante a intervenção medicamentosa, o documentário evidencia a importância da terapia ocupacional para a estimulação cognitiva do idoso que possui alzheimer.
Há um estudo realizado por Cruz et al (2015), o qual visou analisar o impacto que a estimulação cognitiva básica possui em idosos com alzheimer. Esta pesquisa mensurou através de testagens, quais eram as condições cognitivas dos participantes antes e depois de exercícios que visam estímulos cognitivos. Comprovou-se a repercussão positiva com a qual estes impactam os aspectos cognitivo dos idosos. Além disso, os cuidadores foram treinados para realizar atividades básicas que envolvem estimulação cognitiva, e os resultados se apresentaram bastante satisfatórios.
REFERÊNCIAS
SMITH, M. A. C. Doença de Alzheimer, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000600003> Acesso em: 14.nov.2017.
CRUZ, T. J. P.; SÁ, S. P. C.; LINDOLPHO, M. C.; CALDAS, C. P. Estimulação cognitiva para idoso com Doença de Alzheimer realizada pelo cuidador, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v68n3/0034-7167-reben-68-0 3-0510.pdf> Acesso em: 14.nov.2017.
Deixe um comentário