Por: Psicóloga Luana R. de Santi
A pandemia do COVID-19 tem impactado e preocupado a todos e todas. Em busca de respostas, a ciência tem se debruçado a investigar sobre novo coronavírus, mas até o momento pouco se sabe e, portanto, os protocolos de intervenção/prevenção estão sendo implementados e reforçados.
A conjuntura atual pode influenciar sobre questões sociais, emocionais e financeiras. Trata-se de uma situação atípica que tende a aumentar os níveis de estresse, ressoando sobre a saúde mental da população. Deste modo, algumas questões poderão emergir:
- A necessidade de antecipação de riscos;
- Percepções distorcidas dos fatos;
- Persistente estado de alerta;
- Buscas incessantes por informações;
- Compartilhamento de informações irreais (também chamadas de fake news);
- Dificuldade de concentração;
- Alterações no padrão do sono;
- Dificuldades para estabelecer uma rotina;
- Alterações de humor (irritabilidade, tristeza, ansiedade, medo…).
O persistente estado de alerta associado ao compartilhamento de informações irreais e a necessidade de antecipar riscos, repercutem sobre o coletivo. Nesses últimos dias percebe-se que o temor à escassez tem motivado famílias a estocar uma grande quantidade de mercadorias e medicamentos. Praticamente não se encontram máscaras e álcool 70%. Famílias se desesperam na impossibilidade financeira de realizar uma grande compra e enfrentam o receio de que os Supermercados não consigam fazer reposições.
Ressalta-se que o acesso às informações a respeito do que está ocorrendo, é importante. Contudo, é preciso ter cautela com o excesso e veracidade delas. Por vezes, no ímpeto de ajudar o próximo com dados e/ou dicas de como proceder diante do contexto atual, são compartilhadas notícias falsas que contribuem com a desinformação e o pânico. Portanto, ao compartilhar notícias, assegure-se de que foi publicada por uma fonte confiável. Lembrando que dados fidedignos nem sempre advém de compartilhamento em redes sociais, encaminhamento em grupos de Whatsapp ou diz-que-me-disse / repasses de amigos, familiares ou pessoas do seu convívio. Procure saber de onde veio a informação e faça um gerenciamento do que é interessante ser absorvido e compartilhado. É preciso agir com assertividade e prudência.
Considerando essas questões reunimos, através de um Infográfico, dicas publicadas pelo Colégio de Psicólogos de Madri:
Breve reflexão:
Atualmente, somos direcionados a parar e voltar para dentro (não só das nossas casas, mas de nós mesmos). Período de recolhimento e introversão, requeridos pelo isolamento social – que nos coloca diante de quem somos e de quem queremos ser depois desse período de instabilidade. Portanto, esse momento se trata de uma oportunidade de reflexão e transformação: Como você lida com seus conflitos? Como se adapta às novas necessidades? Como percebe fim e recomeço?
Acredito que não seremos os mesmos depois disso tudo – e nem poderíamos. Os momentos difíceis nos colocam diante de caminhos sinuosos e não há receita exata para lidar com eles, porque para superar um problema, precisamos vivenciá-lo e cada um de desenvolverá estratégias diferentes para fazê-lo. Estamos solitários, mas não sozinhos. É importante lembrar disso, haja em vista que crises humanitárias requerem de nós exercício da cidadania, coletividade e cooperação.
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