Pesquisas Científicas

Efeitos da Música para sua Saúde

por: Thaís Malucelli Amatneeks

 

A música faz parte de nossa vida desde o inicio de nosso desenvolvimento. Sejam nas músicas de ninar, naquelas que aparecem nas propagandas e não saem da nossa cabeça ou aquelas que escutamos por vontade própria, a música é parte fundamental da nossa vida, é uma forma de comunicação universal, escutamos música para compartilhar sentimentos e expressar emoções.

Alguns neurocientistas descobriram que ouvir música aumenta a emoção positiva através dos centros de recompensa do nosso cérebro, estimulando dopamina, podendo nos fazer sentir bem ou ficar exaltados. Muitos sugerem também efeitos mais amplos e potenciais para o uso da música, afirmando também que ouvir música ilumina outras áreas do cérebro, e que, de fato, quase nenhum centro cerebral é deixado intacto.

A música foi estudada em relação a diversos cuidados de saúde, e em alguns casos os impactos positivos da música foram mais poderosos do que medicações.  O estudo de Bringman e colaboradores (2009), envolvendo pacientes cirúrgicos, demonstrou que os efeitos de redução do estresse da música foram mais poderosos do que o efeito de um medicamento ansiolítico administrado por via oral.

Ouvir música com ritmo lento e baixa afinidade, sem letra ou instrumentação alta – pode acalmar as pessoas, mesmo durante eventos altamente estressantes ou dolorosos.  Além disso, a música pode prevenir aumentos na frequência cardíaca e na pressão arterial sistólica, induzidos por ansiedade, e diminuir os níveis de cortisol – todos os marcadores biológicos do estresse. O estudo de Nilsson (2009), observou-se que os pacientes que ouviram música após a cirurgia de reparação de hérnia experimentaram níveis plasmáticos de cortisol diminuídos e exigiram significativamente menos morfina para gerenciar sua dor.

Musica 2

Além das pesquisas em questões cirúrgicas, outros estudos demonstraram efetividade da música com relação ao gerenciamento da dor. Em um estudo realizado com pacientes com fibromialgia demonstrou que o grupo que escutou música uma vez por dia durante o período de quatro semanas, experimentou redução significativa da dor e menos sintomas depressivos.

A música também pode melhorar na qualidade de sono. Um estudo chinês com idosos, demonstrou que os participantes que ouviram músicas sedativas por 45 minutos na hora de dormir, durante 3 semanas, apresentaram melhora na qualidade de sono percebida, maior duração, eficiência, menor latência, menor distúrbio do sono e menor disfunção diurna. Os resultados demonstraram um efeito cumulativo, onde o sono melhorava semanalmente.

Os resultados desses estudos relatados aqui demonstram tanto a validade da musicoterapia como terapia não medicamentosa, quanto ressaltam as diferenças que escutar música podem agregar em nossa vida. Um ato simples e prazeroso que pode trazer maior qualidade de vida e bem estar!

Em uma das clínicas assistidas pela Fundação Pró-Renal, foi realizado um trabalho em conjunto com a musicoterapeuta Fernanda Pivatto para a construção de seu trabalho de conclusão de curso. Em seu trabalho ela demonstrou como a intervenção com musicoterapia na hemodiálise conseguia resultar em um menor número de intercorrências. Enquanto o artigo com resultados não é publicado,  para o vídeo desta intervenção.

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